A HORTA DA JOANA




Um dia Joana concorreu para ter uma horta num parque hortícola de Lisboa. Viveu-a da mesma forma intensa e apaixonada que experienciou outros trabalhos, ocupações, projetos e sonhos que foi acumulando ao longo da vida.

"É um recurso que me preenche muitas coisas. Preenche a proximidade com a terra e com a natureza e com o silêncio e com a alimentação e com o recurso primário de andar alimentada e com o respeito e com o yoga. Isto atravessa todos os campos e mais alguns. E com a verdade das coisas e com as prioridades e com o respeito. Tudo. A horta já era um sonho há uns tempos. A terra cruzava-se com muitos temas e com muitos apelos meus, com muitas necessidades minhas, da natureza, do espaço, da alimentação. É o fascínio da terra nos possibilizar alimento sem ser preciso ir ao supermercado...pequenos estímulos aparentemente inofensivos de árvores, obrigatoriamente todos os dias, tudo somado faz a diferença ao fim de um mês, ou de um ano, ou de vinte, fisicamente, tanto a nível de cabeça, emocional, como de corpo. É a tal relação físico-química. Apanha-se mais sol, baixa-se a pulsação cardíaca porque está-se debaixo das árvores, tem-se mais equilíbrio porque stressa-se menos, a poluição sonora é menor, a poluição visual é diferente e nós somos seres naturais e, portanto, temos outros retornos de viver permanentemente dentro da natureza. E a horta fazia todo o sentido."





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