A LÓGICA DO PEDRO
"O facto de nós termos aqui um misto de sala de estar, e podermos interagir diretamente com as plantas, dá-nos um prazer e uma paz de espírito que, por exemplo, ver televisão não dá; é impossível. Por outro lado, há aqui um conjunto de coisas que nos fazem pensar na forma como nós interagimos na cidade e no meio envolvente. Muitas das vezes, quando eu digo que tenho uma horta ou um espaço como este, falam-me sempre: lá está aquele ambientalista, que vai de bicicleta para o trabalho e chega a casa e tem a sua horta.
E eu digo que isto não tem nada a ver com ambientalismo, tem haver com o facto de morar a 5 km do trabalho e o mais lógico é ir de bicicleta, não há outro transporte que chegue mais rápido que uma bicicleta para fazer estas curtas distâncias. Chegar a casa e ter um espaço como este cimentado também não tem lógica. E não é ser ecológico, é o que faz sentido.
E eu daqui consigo tirar muito mais do que a energia que ponho. E acho que estas pequeninas coisas nos ajudam a conectar com o meio ambiente que nos rodeia e traz-nos, também, alguma paz de espírito. Mas, acima de tudo, ajuda-nos a distinguir aquilo que é essencial do acessório. E não tem nada a ver com ecologia, não tem nada a ver com isso. Tem a ver com aquilo que acho que é a simplicidade das coisas que muitas vezes nos dão muito mais do que se nós comprarmos as coisas. E é essa a intenção".
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