OS SETE ANOS DE HORTICULTURA DE MANUEL JOAQUIM PIMENTA DE CARVALHO NO CAMPO GRANDE


Manuel Joaquim Pimenta de Carvalho, António Joaquim, 21 de fevereiro de 1830, desenho. (MC.DES.3917)


Poucos anos depois de ter sido retratado por António Joaquim, Manuel Joaquim Pimenta de Carvalho comprou a quinta e palácio dos Galvão Mexia, no Campo Grande. Esta compra não foi isolada e, no final da sua vida, a Quinta do Pimenta designava uma propriedade com cerca de 40 hectares, maioritariamente localizada no lado ocidental do jardim do Campo Grande.

Manuel Joaquim Pimenta de Carvalho foi um capitalista nascido em Coimbra, em 1794, que se estabeleceu em Lisboa, tendo ficado conhecido por Manuel Joaquim Pimenta, nome que se celebrizou pela contenda judicial que moveu contra o Conde de Farrobo, em torno da "Questão dos Tabacos" - uma disputa pela renovação do contrato dos Tabacos, com contornos económicos e políticos e que se prolongou nos tribunais durante anos.

Entre 1870 e 1877 (o ano da sua morte), organizou um Livro de Contabilidade da sua extensa propriedade, anotando os encargos de conservação e de melhoramentos efetuados, a par dos rendimentos obtidos com os arrendamentos das propriedades ou da venda dos produtos que cultivou.

A parcela de terreno que geriu diretamente (sem arrendamento a terceiros) foi minuciosamente gerida e anotada no referido livro e sabemos que, a par do pomar, olival e vinha que mandou plantar, cultivaram-se alguns hortícolas como favas, ervilhas, grão, milho, batatas e cebola.


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